Primeiro livro que li da editora ID. Sempre tive curiosidade
com os livros dessa editora, infelizmente, não conseguia um titulo deles. Esse
foi o primeiro e foi por troca com a Mary, do Primeiras Impressões.
O que falar desse livro? Gostei muito da história.
Infelizmente ele é uma trilogia, pelo que parece e não tem nem sinal da
continuação. E como a editora encerrou as atividades também é bem capaz de não
ter mais como a obra ser licenciada no Brasil, pois até agora não vi muita procura
por ele e nenhum interesse em outras editoras. É torcer.
O nome da autora me
chamou muita atenção: Galaxy Craze. Quando vi a capa, achei que era o nome da
série ou outra coisa, mas na verdade é o
nome da autora. Que louco!
Enfim, o que eu adorei nesse livro é que é uma distopia. Não
sou de ler muitas distopias (para falar a verdade se não fosse pelo Clube de
Livro nem descobriria a existência desse gênero. Talvez já tenha lido algo
desse gênero, mas não conhecia o nome e sempre ele se encaixava em fantasia,
suspense etc). Aqui a história se passa em um mundo pós-apocalíptico, onde após
um acontecimento no qual não é muito detalhado, o mundo sofreu muitas baixas, a
humanidade quase foi extinta. Plantas e animais foram praticamente extintos e
tudo como conhecemos mudou. Tudo pode está contaminado, grandes civilizações
pereceram e se perdeu várias coisas.
Mesmo no meio do caos, a Inglaterra ainda tenta se manter
com seus antigos costumes, até para tentarem amenizar todas as perdas durante
os 17 dias, porém a realeza sofre mais um ataque impiedoso. O rei é assassinado
por um ditador cruel que quer instalar um "novo mundo" e não atura
mais o que tem acontecido. Sobra para Elisa tentar vingar seus entes queridos e
resgatar seus irmãos prisioneiros.
Quando você pega esse enredo prever que o livro será de
tirar o fôlego e promete muito, certo?
Enfim, a narrativa é simples e ágil, conseguiria ler ele em apenas um dia (o que
eu faria o mesmo com A Rainha Vermelha, lembram desse?). Infelizmente não foi
bem assim e arrastei a leitura, um pouco por algumas partes serem um tanto
chatas e arrastadas quanto por querer render o livro. Meio contraditório, não?
O livro tem uma ambientação formidável e foi um dos poucos
livros que eu me senti mesmo no ambiente, no mesmo mundo acabado. Os
personagens são bem trabalhados também, tem uma estruturação excelente... Mas
na narrativa, ah, essa deixa um pouco a desejar. Seja a parte de ação, seja a
maturidade dos planos de Elisa (esses que não tem nenhum pouquinho), seja pelo
quase-romance no livro...
Até que fim um
romance. Não sei o que tenho ultimamente. Se fosse em outra época, acharia esse
clima de romance no meio da trama da protagonista querendo vingança um grande clichê
fraco e que diminuía o valor da narrativa. Não me julguem mal, eu ainda sei que
é um clichê (e dos grandes!), mas nem sempre será um recurso negativo quando
usado. Se há algo que aprendi nesses 14 anos de leitora voraz que sou, é que se
o recurso do clichê for bem aplicado, a narrativa ganha outros ares.
Então, foi isso que eu pensei quando chegou a parte. Tomara
que tudo não seja um grande clichê. Mas infelizmente nesse aspecto a autora
também não soube trabalhar. Não sei dizer o que me aconteceu, mas fui de
encontro a uma parede com esse livro. Ele deveria ter sido um pouco mais
elaborado. Parece que a autora não soube pensar direito em o que fazer com a
história. É como se ela tivesse o cenário perfeito mas não sabia que tipo de
história poderia contar naquele lugar.
Enfim, para quem se lembra da minha frustração imensa com
Rainha Vermelha, esse livro está a partilha da mesma frustração. Talvez eu
tenha que parar com a péssima mania de criar expectativas para tudo!
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