[Resenha] Desconfiei De Quem Não Deveria

Escrito por Miaka Freitas - segunda-feira, setembro 07, 2015

Primeiro quero dizer que foi uma leitura rápida. Um livro desse foi o que digamos de “livro de uma sentada”. A narrativa é simples e parece que a protagonista está sempre conversando com o leitor, o que faz com que seja gostoso e fluido a leitura.

Outro ponto interessante foi o assunto abordado nesse livro, o Transtorno Bipolar. Acho válido uma narrativa com esse foco, até mesmo para alertar as pessoas que isso não é uma simples modinha do adolescente rebelde que vive falando que é bipolar no twitter. E sim é uma doença séria e que se precisa de um diagnostico e tratamento (que vai durar uma vida inteira). É engraçado como a sociedade ainda tem preconceitos com quem sofre de algum transtorno psicológico e principalmente a crença de que isso é contos de fadas e que nunca vai acontecer com você ou com uma pessoa próxima. Ainda se há esse tipo de preconceito e de tratar uma pessoa que sofre de algum desses transtornos como um coitadinho incapaz de viver uma vida normal.

Lembro que quando eu frequentava uma psicologa no ensino médio e contava isso para alguma pessoa, logo achavam que eu era louca, perturbada e perigosa. E é esse tipo de preconceito que eu vejo pessoas que sofrem de alguma dessas patologias sofrerem. Até mesmo quem sofre de depressão, o povo fala que é frescura ou falta do que fazer. E o bom desse livro é que o autor tenta tirar alguns desses mitos e explicar o que acontece de forma clara e simples, utilizando um personagem que sofre desse mal e tentando entender o que acontece com ele.

E como a Arsênia, eu sempre tive interesse na área psi. Uma coisa que me atrai é a mente humana. Gosto de ler sobre os transtornos de humor, sobre patologias psicológicas e entender mais e mais sobre o mesmo. E poder ler mais um livro nessa área, sem ser os livros de psicologia ou as revistas dessa área é bom e seria bem legal ter mais autores tratando desse tipo de assunto no livro, já que nem todas as pessoas tem vontade de tentar entender o que se passa com uma pessoa que sofre isso,  e talvez um livro desse estilo possa abrir a mente da pessoa e entender que não é uma simples “frescura” ou “falta de louça suja”.

Por outro lado, Arsênia é como qualquer pessoa do nosso redor, não acredita de fato no que está acontecendo consigo e culpa o mundo pelo que aconteceu. Sofre as fases de negação e depois aceitação, o que é a chave principal para seu tratamento dá certo, não ver a doença e os remédios como inimigos e sim como aliados. É duro aceitar e mais duro ainda conseguir o apoio dos familiares e amigos próximos – o que é fundamental em qualquer empecilho da vida.

E tudo mais que Arsênia poderia nos ensinar, a grande lição que fica é: ver tal  coisa como problema para se estagnar e desistir ou ponte para solução e engrandecimento como ser humano é decisão sua e de ninguém mais. Você pode tirar proveito disso e seguir de cabeça erguida ou apenas se acomodar e desistir de viver. E assim como Arsênia, o importante é seguir em frente.

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